quarta-feira, 20 de julho de 2016

Treta #7 - Dízimo

O Dízimo é umas das paradas mais Tretas que existe quando o assunto é religiosidade.

Ele é responsável por manter cultos funcionando, pagando as contas dos lugares onde estão instalados.

Ele ajuda missões de paz pelo mundo, combatendo a fome e a mortalidade infantil.

Ele financia programas de catequese muitas vezes impondo valores e culturas alheias aos que já existem nos lugares.

E por fim, ele constrói imensas catedrais e templos folheados a OURO com mármores e bagulhos caríssimos, financia carrões, iates, e mansões de pastores e lideres religiosos, e até emissoras de televisão.

Como toda Treta, O Dízimo é uma moeda clássica com seus dois lados. Você já pensou sobre isso? Você dá dízimo? Conhece alguém que dá? Já foi coagido a dar? Entra na roda da treta e confere essa polêmica "tcha-tching"(som de maquina registradora)!

Treta #7 - Dízimo

Badauê #6 - Guerra Civil (o filme)

Guerra Cívil!!! Não, calma. Não tem a ver com a política brasileira, não! (Pelo menos ainda, rs)
O filme da franquia do Capitão America chega as telonas no dia 28 de abril de 2016 trazendo uma famigerada batalha entre dois ícones da Marvel: O Capitão América e o Homem de Ferro.

Porque será que rola esse quebra pau entre os heróis? Quem são os times que se formam e se enfrentam? Onde caralhos se meteram o Thor e o Hulk? Quer saber tudo isso e muitas outras curiosidades sobre o filme? Confere o Badauê!

Badauê #6 - Guerra Civil (o filme)


Treta #6 - Enchentes no Brasil

Entra ano e sai ano, na temporada de chuvas dá merda. Às vezes é em Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, enfim. Em muitos desses lugares, acontece praticamente todo ano... ... e todo ano dá merda de novo. O canal É Treta se perguntou "porquê caralhos isso acontece?"


Treta #6 - Enchente


Badauê #5 - Carna Impeachment

E esse processo maluco que é o impeachment? Não importa se você é a favor ou contra, se você chama de Impeachment ou Golpe, se você quer tchau querida ou fora Temer. A verdade é que ninguém pode negar uma verdade que está sendo esfregada na cara do povo brasileiro:

A gente escolhe nossos políticos mal pra caralho! Sobretudo os deputados!

Por isso, independente de partidos, o canal É Treta trás pra vocês o festival de horrores bizarros que foi a votação da aceitação do processo de impeachment de Dilma Rousseff, pela câmara dos deputados. Episódio que ficou conhecido adequadamente como: Carna Impeachment.
Uma verdadeira micareta de corruptos, acéfalos, e pior...


Badauê #5 - Carna Impeachment

Treta #5 - Uber por que tanta polêmica com os Táxis?

Você sabe o porquê de tanta Treta entre Uber e Taxis? Volta e meia a gente vê uma noticia de taxistas cercando carros pretos e quebrando tudo e agredindo pessoas... ... Que SEQUER SÃO UBER!

Close totalmente errado, mano! Caralha!

Por que será que os taxistas tem tanto ódio do Uber? Será q é só pela concorrência?

Na verdade existem mais fatores envolvidos do que parece. Quer entender o porque da clássica treta entre Uber e Taxistas?

Treta #5 - Uber por que tanta polêmica com os Taxis?


terça-feira, 19 de julho de 2016

Treta #18 - Racismo

O Racismo no Brasil e no mundo é um problema gravíssimo.
Mas você já parou pra pensar nos diferentes tipos de preconceito
racial? Você acredita em racismo reverso?
Às vezes você faz diferença de raças e simplesmente não percebeu.
Confere o vídeo e conta pra gente.

Badauê #4 - LIMITE DE DADOS DA INTERNET FIXA - A Internet do Futuro Volta pro Passado

Badauê #4 - LIMITE DE DADOS DA INTERNET FIXA - A Internet do Futuro Volta pro Passado

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Legalização da Maconha

Video Treta #4 - Legalização da Maconha É muito mais complicado do que parece. Mesmo que você seja contra a liberação das drogas, alguns desses argumentos vão te fazer pensar duas vezes. E se você é a favor da liberação da maconha.... bem então... então... Então o quê mesmo gente??? ahuahauhau Vai lá galera! Confere essa ae, Legalização da Maconha! Você é a favor ou contra? Gostou? Se inscreve lá pra ajudar o trabalho a continuar e melhorar sempre. E deixa seu like também. Compartilha com seus amigos das 4:20! Abraços e até a próxima!
Pois é! O Mundo dá voltas. Ressuscito este blog das cinzas para trazer um pouco de bom humor. Conheçam o canal É Treta lá no Youtube. Quem puder, já vai se inscrevendo para dar aquela moral pro nosso trabalho. E deixar a digital(seu like) sempre vai bem. Não esquece de ver os vídeos até o final porque em breve faremos algumas promoções e sorteios e você não vai querer ficar fora dessa né? Mas ó só pra inscritos, tá? Te vejo lá! É Tretaaaa! www.youtube.com/c/canalÉTRETA1

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sobre varrer o palco



A peça já havia acabado há uns 40 minutos antes. O restante do pessoal já tinha todo saído do teatro e comiam um cachorro quente na kombi que ficava na esquina, enquanto tomavam uma cervejinha e comentavam sobre a apresentação desta noite.
Apesar da fome, como sempre, eu fiquei por último para arrumar as coisas, ver se estava tudo em ordem. Sabem como é...
Um barulho me chamou a atenção. Lá em cima na cabine de luz, agora toda escura, alguma coisa pareceu ter bruscamente tropeçado.
- Peroba, é você?
Mas uma risada rouca e alta vinda lá de fora deixou bem claro que não. “Ora, deve ter caído alguma coisa só isso”. Pegue a vassoura e me pus a varrer o palco.
Novamente a estranheza. Parecia nitidamente que havia alguém me observando lá de cima. Agora, mais ainda, a sensação de medo dava lugar a uma morna curiosidade. Não tenho medo de assombração mesmo.
- Oi!
- Uaaaaaaiiii!!
Dei um pulo de uns dois metros.
- Que baita susto o senhor me deu! Isso é maneira de chegar assim assustando os outros?
- Me desculpe, meu jovem. Eu não tinha a intenção.
- O senhor é faxineiro aqui do teatro?
-Não – respondeu o sujeito magro de cabelos profundamente negros e meio ensebados – Sou ator também.
- Ah! O senhor está em temporada aqui também?
- Não, não. Mas é que tenho muitas boas lembranças daqui, esse teatro me é muito querido.
- Ah também acho! A acústica é o máximo, e tem lugares o suficiente, nem de mais, nem de menos.
Ele me olhou meio triste.
- Tenho que pedir pra que você mantenha isso em segredo, que não quero criar confusão com o dono daqui, mas gosto tanto desse teatro que às vezes venho aqui a noitinha só pra varrer o palco.
Eu o olhei por um tempo. Há uma beleza silenciosa em varrer o palco. É quase um sacramento. É quando um ator está comungando com a humildade. Cuidando do seu espaço que é sagrado, desprovido das pavonices do ego. Apenas com amor.
De alguma forma, nós nos entendemos, eu e ele, porque são poucos os atores que compreendem esse mistério delicioso. E sua tristeza vinha daí. Porque tantos atores usam aquele espaço apenas como uma meretriz, para encher seus egos e depois vão embora deixando tudo sujo e zoneado. Mas aquele também é o meu espaço sagrado e eu sempre vou cuidar dele.
Nada disso foi falado. Nós apenas nos olhamos e compartilhamos dessa sabedoria.
- Não se preocupe, senhor. Não vou dizer nada.
- Você vai ficar em temporada quanto tempo aqui?
- Três meses. – Respondi.
Ele olhou a vassoura na minha mão.
- Bem, então acho que posso ficar despreocupado de vir por uns tempos. Já vi que o teatro está em boas mãos. – ele sorriu.

Apoiei a vassoura, e peguei minha mochila para ir. A barriga roncava.
- Pode confiar e vou cuidar muito bem dele! Boa noite.
- Boa noite.
Já estava na porta, quando me virei para convidá-lo para vir assistir a peça (que cabeça a minha, de esquecer isso!), e ele não estava mais lá. Talvez tivesse ido embora pela coxia, sei lá. Que figura.
Sai correndo porta a fora para encontrar meus amigos e comer meu cachorro quente também. Estava com tanta pressa que simplesmente não reparei que nas fotografias no salão de entrada do teatro havia uma que continha o rosto do meu recém-amigo de vassoura, embaixo lia-se: “Ferdinando Torquato Ferraz 1908-1944”.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

quarta-feira, 9 de abril de 2008

O porquê de fazer teatro. (ou O beijo)


Um belo dia, na estrada da minha vida eu caminhava perenemente. Num daqueles dias em que tudo conspira pra te deixar vagamente idiota. Enfim, caminhava eu, pela estrada da vida, feliz e assobiando qualquer canção daquelas com melodias melosas que a gente ouve quando acorda e que ficam na cabeça o dia todo. Feliz. Sim, acho que estava feliz.

Eis que do nada, como que por magia, Dionísio em pessoa me aparece à frente. Figura singular, viu?! Não satisfeito em me aparecer do nada, ante a minha reação de surpresa, ele apenas sorriu, e em seguida atirou-se contra mim e me beijou.

Não foi um beijo romântico. Eu diria que foi até um tanto quanto violento. Mas é inegável: foi bom. Um segundo em que passam mil coisas na sua cabeça, como uma descarga elétrica.Um raio. E do nada, como veio, se foi. E eu fiquei ali, parado, que nem um dois de paus, olhando fixamente pra lugar nenhum como se interrogasse o vazio, por algo que ele não me fez.

Passaram-se dias, meses então. Eu, exatamente como acontece com quem se apaixona, primeiro neguei veementemente. Era absurdo.Um disparate. Provavelmente um delírio da minha cabeça. Um delírio simplesmente arrebatador, como só os gênios e os loucos podem experimentar. Mas como eu não era nem gênio, nem louco, só podia negar e dizer que fora um delírio momentâneo.

Quase dois anos se passaram, desde o fatídico beijo. E seguindo, como alguém que tivesse visto a verdade mas não pudesse contar ao mundo, eu ia. Tentei enveredar pela publicidade, pelo direito, por letras (português-latim), e até por psicologia. E não é que não desse certo. Eu até conseguia as vagas em universidades publicas, cargos em funcionalismo publico. Mas sempre havia algo. Não fazia a matricula, não tinha o documento tal. Não era chamado a tempo. Muito tempo depois fui entender que, no fundo era eu mesmo mancumunado com o mundo, me sabotando. Ficava sempre lá no fundo aquela sensação de que sabia de algo inconfessável. E agora me sobrevinha uma febre: sensação de que estava me enrolando e perdendo tempo.

Nesses tempos eu acordava de noite no pesadelo. Um homem todo de branco com discretos chifres de carneiro me beijava e ria. Ria a valer. Ás vezes, ele me punha um nariz de palhaço e em seguida me dava um belo tapa na cara. Este tapa quase sempre se mesclava com um som louco, que crescia, e se tornava ensurdecedor até me acordar: eram aplausos.

Quando ele vinha, sempre vinha louco. Ás vezes em turba barulhenta. Talvez fosse seu séquito que aplaudisse tão alto. E ria. Nunca dava tempo de nada.

Um dia, me apareceu sem turba e acompanhado de uma única pessoa que vinha, de certa forma, tentando subjugá-lo. Era ninguém menos que Apolo. Por fim entraram os dois em acordo e Dionísio aceitou me ouvir.

Eu tentei argumentar de todas as formas. Expliquei que não tinha talento, que essas coisas nascem com você. Depois expliquei que não tinha contatos no meio artístico e que seria difícil conseguir emprego. Por fim disse que precisava ter dinheiro na vida pra ser feliz. Argumento baixo, admito, mas honesto.

Eu falava sem parar e Dionísio me ouvia. Mas ria. Já Apolo contra-argumentava sistematicamente. Explicou-me que quem faz o que ama, faz bem e por isso alcança reconhecimento. Me mostrou que no mundo atual no Brasil, não importa a carreira, vai ser difícil arrumar emprego em qualquer área. Me disse que dinheiro é consequência de bom trabalho e dedicação. Por fim Apolo me deu uma das lições mais importantes. Me explicou que o talento não nasce com ninguém. Está em amar a profissão. Esse é o verdadeiro talento. Amor e dedicação incondicional. Não há erro, ou incapacidade que resistam a isso.

A essas alturas, minha cabeça ia a mil, havia qualquer coisa de suspensão ali. Estava acabado: Apolo me “desargumentou” completamente. Dionísio havia parado de rir. Instalou-se uma atmosfera de seriedade, tensão e iniciação. Por fim, Dionísio sorriu e perguntou:

- Você ama o Teatro?

Com lágrimas nos olhos deixei-me cair de joelhos. Completamente entregue à minha sorte e paixão.

- Amo!

Eles me levantaram. Dionísio se aproximou de mim:

- Incondicionalmente?

- Incondicionalmente – respondi.

Ele então me abraçou e sussurrou no meu ouvido:

- Então apesar de tudo você será feliz.

E com essa nota de mistério empurrou-me com a ponta dos dedos. Eu cai de alturas imensas. E acordei mais uma vez.

Poucos dias depois eu entrava pro Tablado, e em alguns meses, entrava na Martins Pena.

Nunca mais consegui deixar o teatro. Mergulhei em águas profundas e caóticas. Se tornou parte de mim, onde quer que eu vá. Uma parte simplesmente grande demais, e por isso mesmo, impossível de ser deixada para trás.

Porque fazer teatro? Por amor. Pelo amor de todo dia.

domingo, 2 de março de 2008

Don Juan



Nessas minhas andanças pelo mundo, certa feita, já tarde da noite esbarrei como por acaso em Don Juan. Sim. Exatamente essa figura folclórica que vocês estão pensando. O sedutor de marca maior que aparece pelas cidades do mundo ao longo dos séculos, aqui e ali, exercendo todo o poder do seu mito.Estava ali na minha frente, em terras Tupiniquins.

Sentamos em uma mesa e abrimos o vinho. Estudei-lhe a face. Já não trazia mais o élan de outrora. O sorriso já não mais lhe caia esticado numa pele macia e bem assentada, Entretanto não se podia negar que estava irresistível como sempre, e sua beleza estava plena como nunca.

-Don Juan! Há quanto tempo! Como pode ser?

Contei-lhe sobre as minhas viagens pelo mundo. E por fim lhe perguntei sobre suas ultimas aventuras amorosas, ao que me respondeu.

- Qual o quê? Deixei de lado tudo aquilo. Após todos esses anos passei a me importar um pouco mais com as pessoas que se dedicam a mim.

Nunca! Don Juan? Que absurdo! O despeito da minha juventude não me deixou pacificar.

- Ora Don Juan. Sejamos mais modestos. Seu tempo já passou. Era hora mesmo de aposentar as ceroulas.

Seu sorriso estampado, com aquele velho e gostoso ar de deboche. Seu dedo passeava pela borda da taça de vinho. Ele olhava pra mim e sorria. Sorria da minha ingenuidade. Quase que com indulgência. Depois de se demorar deliciando-se da minha cupidez, enfim me desferiu com suavidade:

- Meu caro amigo, você bem sabe que posso ter, do mundo inteiro, a mulher que quiser aos meus pés com um simples estalar de dedos.

Verdade inabalável. Meu último e desesperado golpe foi:

- Então vai me dizer que simplesmente não deseja mais ninguém?

- Muito pelo contrário – me respondeu Don Juan. – desejo sim.

- E então?

- Só que sei que deixá-las aos meus pés não basta. Eu nunca poderia lhes saciar o amor que inspiro, porque não as amo de verdade.

Tartamudeei algo como:

- E desde quando isso faz diferença pra você?

- Ora, então não sabe que chamam a mim, Don Juan, o melhor amante do mundo?

- Claro que sei – respondi.

- Pois então?! Se não pudesse eu corresponder ao amor das minhas amantes, não seria eu o pior amante do mundo?

E me deixando no ar essa última frase ele se foi. Minha cabeça a mil. Em se tratando de Don Juan certamente aquilo era um engodo. Mas de alguma maneira lá no fundo, ele tinha toda a razão.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Lembranças de outrora (ou 9 luas)


Jogos de Massacre - Formatura da Martins Pena de janeiro de 2007

Eu quis querer o que o vento não leva
Pra que o vento só levasse o que eu não quero
Eu quis amar o que o tempo não muda
Pra que quem eu amo não mudasse nunca

Eu quis prever o futuro
Consertar o passado
Calculando os riscos
bem devagar, ponderado
Perfeitamente equilibrado

Até que um dia qualquer
eu vi que alguma coisa mudara
Trocaram os nomes das ruas
e as pessoas tinham outras caras,
no céu havia nove luas
e nunca mais encontrei minha casa.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Primeiro Sonho do Ano

Era um sonho. Beijou-me. Eu nem sei de onde veio. De repente, ela estava ali. Em cima de mim.
Um beijo rapido. Parou e me olhou com um olhar enigmático. Voltou a beijar, agora tão longa e intensamente, que quando parou de novo seus lábios já tintos estavam mais vermelhos que de costume, contrastando fortemente com sua pele branca. Olhou-me novamente.
Que podia dizer eu?
- Eu não sabia.
Estava confuso.
-Não importa.- respondeu-me -Olha. Já vai acabar. Mas fica sabendo: foi bobeira sua.

Acordei.

Veio tudo junto na hora. Eu que falei pra ela "Linda, pena que não é pro meu bico."
E o espectro do sonho, ainda desvanescendo na minha frente sorria:
"Era sim. Você que deu mole: Foi bobeira sua."

É, ela até era pro meu bico. Deixou de ser quando falei isso. Que pena.

Primeiro sonho do ano.

domingo, 12 de agosto de 2007

Da série "ei! eu tb já pensei sobre isso! eu tb sou esquisito?"




Cérbero é o cão que guarda a entrada do inferno. Ou do hades se preferirem.
Ele deve ser meio mau humorado.
É claro.
E dá pra imaginar um cão gigante de 3 cabeças q guarde o inferno de outra maneira?
"Vem totó! Muito bem, garoto! Tome esse osso de elefante como premio"
**************
Numa revistinha da turma da mônica muuuuito antiga, o cascão vinha cantando uma versão de uma musica que acho que é do lobão "o diabo é o pai do rock. Mas na versão do Cascão ele cantava "o quiabo é o pai do inhoque"
Mauricio de Souza é tão genial que a gente até desculpa o lance dele ser paulista e ambientar as estorinhas nakela melda.

Aliás, só mesmo nas estórinhas da turma da mônica que São Paulo tem aquele verde todo. Aqui, ó.
********
Afinal, aquela merda de teia q solta o homem-aranha sai do corpo dele ou da fantasia?


Reflexão de cunho profundo. Profundo da privada.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Jogo Versus Estrelinhas


Em teatro, existe um termo muito utilizado por nós chamado Jogo.

Certamente muitos de vocês já deve ao menos ter ouvido falar no tal "jogo cênico". Alguns autores, como Beckett se valem do jogo excessivamente. Mas vamos lá, o que é o Jogo?


Ora, se nós entendemos que os atores assumem personagens, precisamos entender o que eles farão com esses personagens. Bem, eles jogarão. O jogo é quando um ato ou palavra minha desencadeia em você alguma sensação. Sob essa sensação você re-age sobre mim, provocando em minha outra sensação, e por aí vai. Nessa interação entre as personagens temos uma espécie de bate-bola de energia. Um tipo de "Altinha", onde os participantes se esforçam para manter o máximo de tempo possivel a bola no ar, através da sintonia que se estabelece entre eles. Um jogo que se joga junto, um a favor do outro.


Algumas muitas pessoas - que o Stanichatolavsky chamava de exibicionistas - jamais entendem isso. O jogo para eles é uma espécie de disputa. Uma disputa para ver quem "brilha" mais. Quem desbanca o outro em cena. Que energia pode sair daí? Que cena pode sair daí? E o jogo vai pra onde? Tsc,Tsc,Tsc... estrelinhas da cena carioca...ai de vós...



São, hoje no Rio de Janeiro, rarissimos os atores que eu conheço com compreensão disso. Pouquissimos atores que realmente entendem o que é o teatro, e que realmente o praticam. Lembrem-se queridos, o teatro é um Ritual. Como uma missa, onde devemos alcançar a comunhão. E não usar a cabeça dos coleguinhas como trampolim, para mergulhar mais profundamente no lago do inferno.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Drácula era Romeno.


E lá fui eu subindo o Cosme Velho em busca do consulado da Romênia. Precisava do contato dos direitos autorais de certo autor.
“Pô, puta casarão!”
Bonitinha, com uma porta bem maciça, de maçaneta q não girava e três belas câmeras me olhando de pontos estratégicos para captar o meu belo rostinho de todos os ângulos.
“Hum. A maçaneta não gira... claro isso aqui é um consulado não uma casa de cultura.”
A coisa das câmeras começou a fazer sentido.
Dei um olhar confiante para as câmeras, me dirigi ao interfone e solenemente apertei o maldito botão azul.
O bom e velho sotaque romeno, da Mona Lazar. Aliás, a voz era parecidíssima com a da Mona. Será q a Mona tem um bico no consulado?
Enfim:
“Alô!”
“Oi, bom dia. Meu nome é Marcelo e eu trabalho com produção. Estou produzindo uma peça de teatro de um conhecido autor Romeno e queria saber se...”
“Sinto muito, nós nhão temos essa inforrrmação - nhão podemos ajudarrr.”
“Mas poxa, será que não poderiam me informar algum lugar onde eu pudesse pesquisar...”
“Na interrrrnet. Procura na interrnet!”
“Não, é que eu queria”
“Na interrnet!” click

Parvo. É como fiquei, desde que parei de ter aula com a Mona não me relacionava com romenos. São de uma delicadeza incrível! Eu nem sequer consegui dizer que queria entrar em contato com os detentores do direito autoral do cara.

Acho mesmo que ser desconfiado é característica desse povo, afinal os ciganos vieram de lá. Mas pô, eu não tenho cara de nazista, nem de terrorista. Além do mais, quem tem uma mansão com um puta sistema de seguranças são eles. Custava ter tido um pouco mais de gentileza?

Aí a gente entende porque o autor que eu procuro se mudou pra França e se naturalizou francês.