quinta-feira, 5 de julho de 2007

Drácula era Romeno.


E lá fui eu subindo o Cosme Velho em busca do consulado da Romênia. Precisava do contato dos direitos autorais de certo autor.
“Pô, puta casarão!”
Bonitinha, com uma porta bem maciça, de maçaneta q não girava e três belas câmeras me olhando de pontos estratégicos para captar o meu belo rostinho de todos os ângulos.
“Hum. A maçaneta não gira... claro isso aqui é um consulado não uma casa de cultura.”
A coisa das câmeras começou a fazer sentido.
Dei um olhar confiante para as câmeras, me dirigi ao interfone e solenemente apertei o maldito botão azul.
O bom e velho sotaque romeno, da Mona Lazar. Aliás, a voz era parecidíssima com a da Mona. Será q a Mona tem um bico no consulado?
Enfim:
“Alô!”
“Oi, bom dia. Meu nome é Marcelo e eu trabalho com produção. Estou produzindo uma peça de teatro de um conhecido autor Romeno e queria saber se...”
“Sinto muito, nós nhão temos essa inforrrmação - nhão podemos ajudarrr.”
“Mas poxa, será que não poderiam me informar algum lugar onde eu pudesse pesquisar...”
“Na interrrrnet. Procura na interrnet!”
“Não, é que eu queria”
“Na interrnet!” click

Parvo. É como fiquei, desde que parei de ter aula com a Mona não me relacionava com romenos. São de uma delicadeza incrível! Eu nem sequer consegui dizer que queria entrar em contato com os detentores do direito autoral do cara.

Acho mesmo que ser desconfiado é característica desse povo, afinal os ciganos vieram de lá. Mas pô, eu não tenho cara de nazista, nem de terrorista. Além do mais, quem tem uma mansão com um puta sistema de seguranças são eles. Custava ter tido um pouco mais de gentileza?

Aí a gente entende porque o autor que eu procuro se mudou pra França e se naturalizou francês.