domingo, 12 de agosto de 2007

Da série "ei! eu tb já pensei sobre isso! eu tb sou esquisito?"




Cérbero é o cão que guarda a entrada do inferno. Ou do hades se preferirem.
Ele deve ser meio mau humorado.
É claro.
E dá pra imaginar um cão gigante de 3 cabeças q guarde o inferno de outra maneira?
"Vem totó! Muito bem, garoto! Tome esse osso de elefante como premio"
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Numa revistinha da turma da mônica muuuuito antiga, o cascão vinha cantando uma versão de uma musica que acho que é do lobão "o diabo é o pai do rock. Mas na versão do Cascão ele cantava "o quiabo é o pai do inhoque"
Mauricio de Souza é tão genial que a gente até desculpa o lance dele ser paulista e ambientar as estorinhas nakela melda.

Aliás, só mesmo nas estórinhas da turma da mônica que São Paulo tem aquele verde todo. Aqui, ó.
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Afinal, aquela merda de teia q solta o homem-aranha sai do corpo dele ou da fantasia?


Reflexão de cunho profundo. Profundo da privada.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Jogo Versus Estrelinhas


Em teatro, existe um termo muito utilizado por nós chamado Jogo.

Certamente muitos de vocês já deve ao menos ter ouvido falar no tal "jogo cênico". Alguns autores, como Beckett se valem do jogo excessivamente. Mas vamos lá, o que é o Jogo?


Ora, se nós entendemos que os atores assumem personagens, precisamos entender o que eles farão com esses personagens. Bem, eles jogarão. O jogo é quando um ato ou palavra minha desencadeia em você alguma sensação. Sob essa sensação você re-age sobre mim, provocando em minha outra sensação, e por aí vai. Nessa interação entre as personagens temos uma espécie de bate-bola de energia. Um tipo de "Altinha", onde os participantes se esforçam para manter o máximo de tempo possivel a bola no ar, através da sintonia que se estabelece entre eles. Um jogo que se joga junto, um a favor do outro.


Algumas muitas pessoas - que o Stanichatolavsky chamava de exibicionistas - jamais entendem isso. O jogo para eles é uma espécie de disputa. Uma disputa para ver quem "brilha" mais. Quem desbanca o outro em cena. Que energia pode sair daí? Que cena pode sair daí? E o jogo vai pra onde? Tsc,Tsc,Tsc... estrelinhas da cena carioca...ai de vós...



São, hoje no Rio de Janeiro, rarissimos os atores que eu conheço com compreensão disso. Pouquissimos atores que realmente entendem o que é o teatro, e que realmente o praticam. Lembrem-se queridos, o teatro é um Ritual. Como uma missa, onde devemos alcançar a comunhão. E não usar a cabeça dos coleguinhas como trampolim, para mergulhar mais profundamente no lago do inferno.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Drácula era Romeno.


E lá fui eu subindo o Cosme Velho em busca do consulado da Romênia. Precisava do contato dos direitos autorais de certo autor.
“Pô, puta casarão!”
Bonitinha, com uma porta bem maciça, de maçaneta q não girava e três belas câmeras me olhando de pontos estratégicos para captar o meu belo rostinho de todos os ângulos.
“Hum. A maçaneta não gira... claro isso aqui é um consulado não uma casa de cultura.”
A coisa das câmeras começou a fazer sentido.
Dei um olhar confiante para as câmeras, me dirigi ao interfone e solenemente apertei o maldito botão azul.
O bom e velho sotaque romeno, da Mona Lazar. Aliás, a voz era parecidíssima com a da Mona. Será q a Mona tem um bico no consulado?
Enfim:
“Alô!”
“Oi, bom dia. Meu nome é Marcelo e eu trabalho com produção. Estou produzindo uma peça de teatro de um conhecido autor Romeno e queria saber se...”
“Sinto muito, nós nhão temos essa inforrrmação - nhão podemos ajudarrr.”
“Mas poxa, será que não poderiam me informar algum lugar onde eu pudesse pesquisar...”
“Na interrrrnet. Procura na interrnet!”
“Não, é que eu queria”
“Na interrnet!” click

Parvo. É como fiquei, desde que parei de ter aula com a Mona não me relacionava com romenos. São de uma delicadeza incrível! Eu nem sequer consegui dizer que queria entrar em contato com os detentores do direito autoral do cara.

Acho mesmo que ser desconfiado é característica desse povo, afinal os ciganos vieram de lá. Mas pô, eu não tenho cara de nazista, nem de terrorista. Além do mais, quem tem uma mansão com um puta sistema de seguranças são eles. Custava ter tido um pouco mais de gentileza?

Aí a gente entende porque o autor que eu procuro se mudou pra França e se naturalizou francês.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

O dia em que o impossivel aconteceu.

Teatro lotado. Imaginem um teatro do tamanho do municipal. É quase opressivo imaginar o municipal lotado. Delicia, não? Bem, enfim...
Aquele palcão gigantesco. E a peça não ajuda muito: é Beckett, a boa e velha Esperando Godot, como era de se esperar. Como nós todos sabemos, os cenários de Beckett são vazios, assim como a ausencia da trama, e etc...
Bom, nada aumenta mais um enorme palco vazio com uma opressiva plateia do que um cenário vazio.
Lá no centro, perto da única arvore q é o cenário estão eles. Os imortais Vladimir e Estragon. Os vagabundos com seus eternos trapos de roupa e tudo está dentro do conforme na cena.
Os criticos mais ferozes estão presentes, e tudo parece ser a grande noite.
Numa ocasião tensa como essa o ator se sente muito apegado ao seu trabalho... tudo pela ação dramatica, mesmo q essa ação seja não ter ação... Tudo vai bem nas boas gags q nos são dadas pelo autor.

Aos 45° minutos do segundo tempo, o publico já rira inumeras vezes com a repetição constante do bordão:
Estragon - Vamos embora.
Vladimir - Não podemos.
Estragon - Por que?
Vladimir - Estamos esperando Godot.
Estragon - Ah é...

Nisso entra o ator que faz o menino.
Estragon pergunta o "Quem é você? O que veio fazer aqui?" de todas as noites.
Mas o Ator responde: "Eu? Eu sou Godot. Os senhores não estavam, à minha espera?"

O primeiro verdadeiro vazio da noite. Alguns bons segundos se passaram numa inercia de não ter entendido direito. Nem criticos, nem plateia, nem atores pareciam acreditar. Depois de algum tempo bem desconcertado, o ator-estragon vira pro ator-vladimir e diz quase tendo um piripaque "Vladimir! Chegou Godot, estamos salvos"
Aquela sensação de que o mundo viria abaixo durou ainda algumas frações de segundo. Até o ator-menino-godot salvar o cú de todo mundo no recinto dizendo "é brincadeira, venho apenas trazer um recado do sr. godot."

O ator-menino-godot é um espirito de porco sem duvida. Mas quem nega que é um espirito de porco genial? se bá, Beckett teria aplaudido o cara...

sábado, 16 de junho de 2007

Profanus

Um dia, um camarada lá da Grécia foi dar a fala dele no ritual de Dionisio, e como já tinha bebido demais acabou falando na primeira pessoa. Ou teria sido ele possuido pelo deus caótico?
Enfim daí que nasceu o teatro.
(pausa)

O teatro não é uma arte pq não tem leis e regras próprias. E na realidade a culpa disso é do ator. Uma verdadeira praga, isso sim. É essa mania que eles tem de colocar emoção nas coisas e faz com q o ator estrague o Teatro. Vamos abolir o ator do teatro e usar a Sur-Marionete.
(pausa. riso breve)

O essencial para que a arte aconteça não é o artista. Nem a obra em si. Tão pouco a plateia. Talvez nem mesmo a plasticidade da coisa(como vamos concluir mais a frente). Na verdade o unico diferencial é a consciencia de ser um artista.
Não interessa o que se faz ou a qualidade disso, desde que o autor se autoproclame um artista.
(pausa. riso breve)

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¬¬ depois reclamam de crise em teatro, e na arte.
Depois reclamam que o povo prefere ver produto de massa.
Nego cospe na arte, torna a coisa promiscua, e acha q pode reclamar?
Menos discurso artistico e mais arte.

Um forte abraço, pro Graig, pra Genilda, e pra todo mundo da arte contemporanea-porralouca-babaca-estrela da arte.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

A obviedade (ou o cliché do cliché)


Ser ou não ser – eis a questão.
Será mais nobre sofrer na alma
Pedradas e flechadas do destino feroz
Ou pegar em armas contra o mar de angústias –
E, combatendo-o, dar-lhe fim? Morrer; dormir;
Só isso. E com o sono – dizem – extinguir
Dores do coração e as mil mazelas naturais
A que a carne é sujeita; eis uma consumação
Ardentemente desejável. Morrer – dormir –
Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!
Os sonhos que hão de vir no sono da morte
Quando tivermos escapado ao tumulto vital
Nos obrigam a hesitar: e é essa reflexão
Que dá à desventura uma vida tão longa.
Pois quem suportaria o açoite e os insultos do mundo,
A afronta do opressor, o desdém do orgulhoso,
As pontadas do amor humilhado, as delongas da lei,
A prepotência do mando, e o achincalhe
Que o mérito paciente recebe dos inúteis,
Podendo, ele próprio, encontrar seu repouso
Com um simples punhal? Quem agüentaria fardos,
Gemendo e suando numa vida servil,
Senão porque o terror de alguma coisa após a morte –
O país não descoberto, de cujos confins
Jamais voltou nenhum viajante – nos confunde a vontade,
Nos faz preferir e suportar os males que já temos,
A fugirmos pra outros que desconhecemos?
E assim a reflexão faz todos nós covardes.
E assim o matiz natural da decisão
Se transforma no doentio pálido do pensamento.
E empreitadas de vigor e coragem,
Refletidas demais, saem de seu caminho,Perdem o nome de ação.

sexta-feira, 23 de março de 2007



Sim, antes de tudo Ator. O que por si inclui ser acólito do templo de Dionisio, profeta da mímese, etc.

Além disso, modelo fotográfico. Comerciais, sessões de fotos, etc, e etc.

E além disso?

Produtor, poeta, dramaturgo, filósofo de butequim, conselheiro espiritual ( não trago seu amor em 3 dias... mas compro sua alma ahauahua), mafioso siciliano, e... bem como vocês mesmos puderam ver, também toco um bongô mágico.

Aliás, o que me leva de volta à primeira definição, sobre ser sacerdote de Dionisio.

Eu já contei pra vocês que meu bongô mágico é mágico porque foi feito, abençoado e presenteado pelo próprio Dionisio?

Bom. Isso é outro assunto. Um dia eu conto.

Agora fala a verdade, mamãe passou açucar né? ahauahauahu (ai, meu balão...)

segunda-feira, 12 de março de 2007

Dancem ao som do meu Bongô mágico!

Preparem os tambores, limpem o terreno pra festa!
O tempo chegou. Não há mais motivos para escondermos nossa sabedoria, e mais ainda, pô-la à pratica com todo o entusiasmo!
Os últimos acontecimentos têm embotado a maioria de vocês, eu sei.
Tudo parece como numa névoa estranha, onde sonho e realidade se misturam num tom blasé cotidiano.
Chega de ruminar como bovinos. Acordem! Acordem todos! A vida é uma só e no fim da linha ninguém vai ter direito de se justificar. Não há nada a explicar, tudo está muito claro e óbvio.
Acordem!
Seu tempo se esvai e todas as coisas maravilhosas devem e precisam ser feitas e degustadas agora.
Dancem meus queridos! Dancem o frenesi da existência!

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Tarantella



Curiosidade:

A Tarantella, é um tipo de musica e dança que surgiu no sul da Itália entre o século 16 e 17 devido a um surto de tarântulas, que dizimou deveras a população da área.

Como todos nós sabemos, a picada dessa coisinha bonitinha aí em cima é mortal. Inda mais naquela época que qualquer gripezinha de merda matava.

Pois bem, surgiu uma lenda de que se as pessoas dançassem alucinadamente até a exaustão, elas se curavam do veneno. Eis o porque do ritmo acelerado e da dança cansativa.

A explicação, está no fato de que dançando compulsivamente até não aguentar mais, você suava o veneno e eliminava o mal.

O toque sombrio da tarantella, está num detalhe mórbido mas mesmo assim belíssimo (digno da admiração de poetas do tipo romântico de 2° fase):

Nem todo mundo conseguia eliminar o veneno a tempo - já que isso varia de corpo para corpo - e muitas pessoas morriam dançando num misto sinistro de alegria e sofreguidão.

Sinistro não? Imagina o sujeito tombando estatelado em meio a um frenesi dançante.

Findo o surto, a tarantella foi se espalhando pela Itália e virando parte da cultura popular. É claro que quanto mais pra cima no país, mais rico, e algumas tarantellas perderam um pouco o tom sombrio, descambaram pruma coloração mais alegre, como a tarantella que nós conhecemos.

Como prova de uma boa tarantella original, recomendo uma siciliana, não sei exatamente o nome da musica, mas se pode baixa-la no e-mule sob o nome de Tarantella Dell'etna tendo por artista Sicilia Folk num tem errada é só copiar e colar....

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Versos Intimos

É real, triste e verdadeiro. Sim, triste, porém verdadeiro.
ps. esse puto era muito bom... merece o merito q lhe dão apesar de ter morrido com 23 né?

Versos Intimos - Augusto dos Anjos

Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo, Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja esta mão vil que te afaga,
Escarra nesta boca que te beija!

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Tabula Smaragdina

Tábua de Esmeralda - Hermes Trimegistus

"É a verdade, sem mentira, é absolutamente a verdade.
O que está em cima, é como o que está embaixo
e o que está embaixo, é como o que está em cima
Capaz de realizar o milagre do Um.

E como todas as coisas vieram e voltaram ao Uno,
assim também todas as coisas nasceram de cada coisa.

O Sol é teu pai, e a Lua tua mãe,
o vento o traz no seu ventre, e a terra é sua ama.
O pai de toda Telesma do mundo está aqui.
Sua força é plena se ela é convertida em terra.

Separarás a terra do fogo, o sutil do grosseiro
Suavemente e com grande indústria.
Sobe da Terra aos Céus, e de novo desce dos Céus a Terra
e recebe a forças das coisas superiores e inferiores.
Desta forma terás toda a glória do mundo
E tudo aquilo que é trevoso afastar-se-á de ti.

Nisto consiste o poder poderoso de tudo aquilo que tem poder:
Quem vencerá toda a coisa sutil e penetrará toda a coisa sólida.

E assim foi criado o mundo.
Disso vem todas as realizações maravilhosas cujo mecanismo está aqui.
Por isso sou chamado de Hermes Trimegisto,
possuidor das tres filosofias universais.
É completo o que eu disse sobre a Operação Solar."


A tradução foi feita do latim para o portugues por mim, sobre supervisão de Papus.
eheheheh

Abraços

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Mafiosi

"Um dia - e pode ser que nunca chegue esse dia - eu virei lhe pedir um favor. Até lá, considere isso como um presente meu." Don Corleone (i Matchello Baere)

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Pra você ver...

Por onde as coisas vão... eu adoro escrever minhas bobagens... mas o fotolog dá muito trabalho de selecionar foto e có...
A partir de agora poderei brindar à todos com meus belos (e às vezes ácidos) pensamentos.
Bem vindos à minha mente genial.
Abraços e beijos...